sexta-feira, 18 de junho de 2010

Frase sobre a leitura

"A necessidade da leitura assemelha-se à necessidade de sentir a Natureza"
                                                     (Maria Luzia Fernandes António CEF)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O medo

O medo desafia-te,
Desafia-me
Desafia-nos
Tem o som das trovoadas, a cor da escuridão
Miragens que projectam-se em fantasmas

Quantos arrepios?
Quantos trilhos recuados?
Quantos sonhos abortados?

E lá estava o medo, o ego a empurrar-te para o abismo
E quanto mais medo mais a mente entorpecia
Arrasava-te, sufocava-te, destruía-te
Subordinava-te

Medo da incompreensão
Medo de tudo que está quedo
Medo da solidão
Medo do degredo…Medo de ter medo…

Num momento de lucidez
Algo sacudiu-se dentro de mim
Fez-se luz
Senti-me despertar
E como um guerreiro
Com toda a minha força vital
Espezinhei o medo
E gritei bem alto:
Estou livre…livre...

Sou capaz de ser tudo o que eu quiser!


Elaborado pelos participantes na “Tertúlia poética” de 31 de Maio 2010
Gilberta Faria, Helena Gaspar e alunos do 7º5
Coordenação: Gilberta Faria

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sabes a diferença...

O mito

Deriva do grego mythos, palavra, narração ou mesmo discurso, e dos verbos mytheyo (contar, narrar) e mytheo (anunciar e conversar).

O mito é a mais antiga forma de conhecimento, de consciência existencial e ao mesmo tempo, de representação religiosa sobre a origem do mundo, sobre os fenômenos naturais e a vida humana.

A sua função, por tanto é a de descrever, lembrar e interpretar todas as origens, seja ela a do cosmo(cosmogonia), dos (teogonia) , das forças e fenômenos naturais (vento, chuva, relâmpago, acidente geográfico, seja ela a da causas primordiais que impuseram ao homem as suas condições de vida e seus comportamentos.
Em síntese, é a primeira manifestação de um sentido para o mundo”.


Fábula

Fábula (latim fari + falar e grego Phaó + dizer, contar algo) é uma narração breve, de natureza simbólica, cujos personagens por via de regra são animais que pensam, agem e sentem como os seres humanos. Esta narrativa tem por objetivo transmitir uma lição de moral.

A fábula segundo os fabulistas:
Theon (século I d.C.) – “Fábula é um discurso mentiroso que retrata uma verdade.”
Fedro (século I d.C.) – “A fábula tem dupla finalidade entreter e aconselhar.”
La Fontaine (século XVII) – “A fábula é uma pequena narrativa que, sob o véu da ficção, guarda uma moralidade.”

O nascimento da fábula coincide com o aparecimento da linguagem. Antes de ser considerada um género passou dispersa na boca do povo.
A fábula nasceu simultaneamente na África, na Europa e no Oriente.
As fábulas orientais foram passando da Índia para a China, ao Tibet e à Pérsia, terminando na Grécia com Esopo que soube adaptar as histórias orientais à sabedoria grega.
As fábulas de Esopo obedecem ao mesmo padrão, com intenção e espírito parenético: veiculam uma norma de conduta sob a analogia clara dos actos de animais, homens, deuses ou coisas inanimadas.

A motivação é de origem popular e o espírito geral é realista e irónico. São curtas, bem humoradas e as suas mensagens e ensinamentos estão relacionadas com os factos do quotidiano.

Os provérbios, assim como as fábulas, sobretudo as que retratam os animais, faz-nos refletir seriamente sobre o comportamento humano e nos levam a um posicionamento crítico sobre suas condutas

A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais que sustentam um diálogo, cujo desenlace reflete uma lição de moral, característica essencial dessa.
A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.
Pode ser contata atrave's de contos reais ou ficticios ou não.

Lenda

A palavra lenda provém do baixo latim legenda, que significa “o que deve ser lido”. No princípio, as lendas constituíam uma compilação da vida dos santos, dos mártires (Voragine); eram lidas nos refeitórios dos conventos.

Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.

De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana.

Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis e até certo ponto aceitáveis para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Os contos de animais são fábulas redigidas em prosa.

O mito é uma forma de lenda; mas os personagens humanos tomam-se divinos; a ação é então sobrenatural e irracional. O tempo nada é mais do que uma ficção. Se me contassem a Pele de burro sentiria um extremo prazer.
Este divertimento do povo é a sua aspiração secreta, a sua busca espiritual de um mundo maravilhoso onde impere o valor do homem, onde as leis, tão detestadas, sejam abolidas.

A lenda existe desde a formação do clã, da sociedade e os temas se desenvolvem com preocupações semelhantes em todas as culturas. Considerando os animais que falam e as leis da metempsicose, parece ser a fábula um produto espontâneo da Índia.

Nestes últimos anos, a escola folclorista compilou contos semelhantes aos da Índia, em todos os países. Portanto, os mitos se divulgaram através do tempo e do espaço.

As diferencas são pequenas e muito sutis!!